Diretora de RH da Roche fala sobre o Movimento Vem Falar de Vida em prol da conscientização sobre o câncer de mama
Outubro é o mês voltado para a conscientização e prevenção do câncer de mama, doença que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é a que mais atinge e mais mata as brasileiras. A organização estima que cerca de 60 mil mulheres são diagnosticadas anualmente.
Com o objetivo de criar uma rede de apoio e propor a reflexão de que todas e todos devem se envolver na prevenção e diagnóstico precoce da doença, assim como a saúde das brasileiras como um todo, a Roche criou o Movimento Vem Falar de Vida.
“Infelizmente, o câncer de mama é muito estigmatizado. Apesar de muito se falar sobre a doença e existirem diversas campanhas voltadas à conscientização, muitos mitos, informações falsas ou preconceituosas ainda paralisam e impedem muitas mulheres de descobrirem a doença no início. Além de jogarem uma carga enorme – muitas vezes de culpa – sobre as que desenvolveram o tumor nas mamas.
Para a Roche, tempo também significa vida, e sabemos que apenas por meio da colaboração de diferentes atores poderemos impulsionar o ecossistema de saúde e assistir as pacientes de câncer de mama da maneira que elas merecem”, diz Denise Horato, diretora de Recursos Humanos da empresa.
Em entrevista ao Movimento Mulher 360, que também apoia a iniciativa, a executiva conta como surgiu o projeto, quais são as frentes de atuação e como é possível se associar. Ela também fala sobre as dificuldades das empresas e da sociedade em lidar com o tema. Confira.
MM360 – Qual a principal proposta do Movimento Vem Falar de Vida e onde esse movimento difere de outros que já existem?
O Movimento Vem Falar de Vida se propõe a ser uma rede de propósito compartilhado em prol da conscientização sobre o câncer de mama. Com um formato de coalizão, somamos forças com diferentes empresas, associações, movimentos e sociedade para estimular o compartilhamento de conteúdo e a realização de ações que facilitem o gerenciamento adequado desse tipo de câncer, ampliando assim, as chances de cura e controle da doença.
Hoje, temos o orgulho de contar com mais de 100 participantes do Movimento, entre empresas, instituições, associações de pacientes, movimentos e profissionais de saúde, apoiando a causa – e esperamos que o nosso Movimento cresça ainda mais.
Para a Roche, tempo também significa vida e sabemos que apenas por meio da colaboração de diferentes atores poderemos impulsionar o ecossistema de saúde e assistir as pacientes de câncer de mama da maneira que elas merecem.
Além disso, entendemos que os cuidados com a saúde da mulher devem ter nossa atenção durante o ano todo, e não apenas no mês de outubro. Talvez este seja o principal diferencial do Vem Falar de Vida: ser um movimento de longo prazo, contínuo e conector, que envolve diferentes públicos para dialogar e agir em prol da saúde das mulheres brasileiras.
MM360 – Qual a meta mais ambiciosa dessa campanha?
O Vem Falar de Vida é um movimento voltado ao autocuidado e ao cuidar do outro diante do câncer de mama. Entre as muitas ambições que compõem o Movimento, eu diria que a principal é formar uma rede que, de fato, gere valor à sociedade e consiga, por meio de sua atuação, contribuir para a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, elevando as chances de cura ou melhor controle do câncer.
Como registrado em nosso manifesto, queremos ouvir, conectar e ampliar vozes, propondo e participando de pequenas e grandes ações em um movimento forte, transformador e contínuo, à altura de seu desafio.
MM360 – Quais iniciativas fazem parte do Movimento e quem pode participar?
As ações do Vem Falar de Vida estão divididas, hoje, em quatro pilares:
- Informar. Como contrapartida à sua associação, instituições que participam do Movimento recebem um pacote de peças de comunicação informativas sobre o câncer de mama que podem ser divulgadas para seus colaboradores ou mesmo nas mídias sociais;
- Conectar. Reunimos ações próprias, patrocinadas ou relacionadas à causa em um hub de informações digitais, criando uma agenda relevante à saúde da mulher;
- Reverberar. Por meio da #VemFalardeVida e curadoria de conteúdo, divulgamos informações via site e redes sociais próprios, assim como via rede de apoio que formamos a partir do Movimento;
- Agir. Em nosso último pilar mapeamos, desenvolvemos e compartilhamos ações que facilitem o diagnóstico precoce na sociedade, e compartilhamos para a análise e possível implementação dos associados. Como exemplo, uma das ações, nomeada “Um dia para se cuidar”, propõe que colaboradores (homens e mulheres) possam reservar um dia de folga para acompanhar uma mulher de sua rede de contatos em sua visita ao ginecologista ou realização de exames de rotina.
Para fechar, vale reforçar que toda empresa, associação ou sociedade pode participar do Movimento Vem Falar de Vida. Para isso, basta acessar o site e realizar a sua inscrição. Embora não haja uma inscrição específica para pessoas físicas, qualquer um pode apoiar o Movimento reverberando os conteúdos do site. Contamos com o apoio de todos nessa jornada.
MM360 – Quais as maiores dificuldades em lidar com o tema nas empresas e na sociedade de uma forma geral?
Infelizmente, o câncer de mama é muito estigmatizado. Apesar de muito se falar sobre a doença e existirem diversas campanhas voltadas à conscientização, muitos mitos, informações falsas ou preconceituosas ainda paralisam e impedem muitas mulheres de descobrirem a doença no início.
Além de jogarem uma carga enorme – muitas vezes de culpa – sobre as que desenvolveram o tumor nas mamas.
Nossa sociedade precisa amadurecer o seu conhecimento, compreendendo que o diagnóstico da doença não significa uma sentença de morte.
Precisamos enfrentar o estigma e o medo e continuar construindo caminhos para o acesso aos cuidados mais adequados nos momentos certos. E, nesta missão, o acesso à informação de qualidade faz toda a diferença.
MM360 – De quem é a missão de combater a mortalidade por câncer de mama em nosso país?
De todos nós. Empresas e cidadãos. Instituições públicas e privadas. Governo e sociedade. Homens e Mulheres.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente entre as brasileiras. São cerca de 60 mil novos casos ao ano. Trata-se de uma importante questão de saúde pública que exige a colaboração de todos os atores da sociedade. Apoio que vai desde a divulgação de informações de qualidade sobre a doença, até a participação cívica para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de políticas públicas em prol das pacientes, bem como incorporação de novas tecnologias em saúde que podem mudar o curso da doença aumentando as chances de cura.
No Movimento, o nosso convite é fazer tudo isso falando de vida, de forma autêntica, com informação e leveza, sabendo que – antes, durante e depois do câncer – existe uma pessoa única com suas fortalezas e fragilidades. Aproveito para agradecer o engajamento do Movimento Mulher 360 nesta causa e esperamos que cada vez mais instituições venham falar de vida conosco.