Aumenta o número de empresas com recursos e gestão dedicados às pautas de DEI
A pauta da diversidade, equidade e inclusão está cada vez mais presente no universo corporativo. É o que aponta a segunda edição da Pesquisa Benchmarking: Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022 e tendências para 2023, feita pela consultoria Blend Edu com corporações brasileiras de todos os portes e regiões do país de 34 diferentes áreas, como tecnologia, indústrias, saúde, finanças, energia, entre outras.
No levantamento, 81% das empresas afirmam destinar recursos específicos para ações, enquanto 67% relataram o mesmo em 2020. Também cresceu o número de organizações que dizem possuir uma área específica e dedicada à gestão da temática, avançando de 64% para 71% no mesmo período.
“Isto demonstra uma evolução no entendimento e engajamento das organizações em relação à iniciativa, reforçando seu comprometimento com a valorização da diversidade. Afinal, seria inviável acreditar que uma cultura inclusiva vai se sustentar no longo prazo apenas com um posicionamento e apoio no campo do discurso, sem um investimento prático consistente”, afirma Thalita Gelenske, fundadora e CEO da Blend Edu em entrevista sobre o tema para a Exame.
O estudo apontou também que, quanto maior o tamanho da organização em número de colaboradores, maiores são as chances dela ter um orçamento dedicado a essas pautas.
“As grandes empresas, especialmente as privadas de capital aberto, acabam sendo mais pressionadas por stakeholders do mercado a endereçarem a pauta de ESG e, consequentemente, a de diversidade. Por isso, não surpreende o fato das organizações de grande porte investirem e alocarem mais recursos na gestão de DE&I”, diz Thalita.
No entanto, há um movimento positivo de empresas de pequeno e médio porte despertando para a necessidade da criação de culturas mais diversas e inclusivas. “Essa é uma forma de atrair e reter pessoas em um cenário de competição por talentos, bem como construir produtos e serviços que atendam perfis diferentes de clientes”, complementa.
Entre as empresas de médio e pequeno porte, 77% afirmam que o principal objetivo do programa de diversidade é engajar as equipes na criação de uma cultura inclusiva, enquanto 12% relatam a potencialização dos resultados do negócio como ponto principal.
Gênero é o recorte mais trabalho pelas empresas
Assim como observado na edição de 2020, as dimensões sociais mais trabalhadas pelos programas de diversidade no Brasil são gênero (95%), raça (89%), LGBTQIAP+ (86%) e pessoas com deficiência (82%). Porém, houve um aumento de 19 pontos percentuais dos endereçamentos para a temática geracional, saindo de 23% para 42%.
Ações mais recorrentes nos programas de diversidade
Dentro do levantamento também são elencadas as ações mais recorrentes para trabalhar as temáticas de DEI no universo corporativo. Confira a seguir o TOP 5:
- Comunicação: campanhas e ações para potencializar uma comunicação inclusiva interna e externamente (95,9%);
- Eventos para o público interno sobre o tema (90,4%);
- Grupos de afinidade ou de diversidade para colaboradores da organização (89%);
- Canal de denúncias ou ouvidoria para reportar casos de desvio associados à diversidade (86,3%);
- Programas de treinamento e desenvolvimento para colaboradores (80,8%).
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Com informações da Exame.