Programa da PepsiCo empodera mulheres de cooperativas de reciclagem
Nesta Semana do Meio Ambiente, o Movimento Mulher 360 buscou histórias de mulheres empoderadas, que fazem a parte delas para melhorar a situação ambiental do País.
Margarida Nascimento, da CooperCaps, e Valquíria Cândido, da CooperPac e atual coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), estão nesse contexto. Por meio do Programa Reciclo PepsiCo, ambas participaram de processos de capacitação que transformaram a realidade delas no ambiente de trabalho, com mais autonomia e liderança.
Capacitação e empoderamento
O Programa Reciclo PepsiCo é uma iniciativa da PepsiCo, uma das empresas associadas do Movimento Mulher 360, e está alinhado com a visão estratégica de Performance com Propósito da empresa.
“No Programa, desenvolvemos um trabalho voltado para a gestão de cooperativas e seus cooperados, em busca não só da melhoria contínua de processos, mas, sobretudo, da gestão de pessoas. O empoderamento feminino tem um papel fundamental em toda essa jornada, tendo em vista que as cooperativas apoiadas pela PepsiCo são formadas por 60% de mulheres”, disse Cristiane Lopes, Gerente de Cidadania Corporativa da PepsiCo Brasil.
Dentro do Programa, o Projeto de Parceria com Cooperativas de Catadores, feito com o apoio da organização Gaia Social e da Ciudad Saludable, capacita essas organizações para fortalecerem-se e atuarem em rede, transformando-as em microempresas organizadas. O projeto contempla aumento da produtividade e da renda coletiva e individual dos cooperados.
Nos primeiros dois meses, a iniciativa já mostrou resultados significativos no fortalecimento da comercialização, como um aumento de 20% no valor para a venda do PET recolhido pelos cooperados e negociação de valor competitivo para a reciclagem do BOPP, material que antes não fazia parte da atividade das cooperativas. Além disso, nos dois casos, já foram firmados contratos de compra que garantem uma demanda perene e maior estabilidade de renda para os cooperados.
Do operacional à coordenação geral
Margarida, antes de entrar para a CooperCaps, trabalhava como empregada doméstica. Porém, foi convidada pelo Carioca, seu marido, que já era profissional da cooperativa para participar do grupo. Como cooperada, auxiliava na esteira e na separação de materiais. Além de realizar o que já era sua responsabilidade, participava de todos os cursos oferecidos pela PepsiCo.
“Após dois anos, comecei a atuar como Coordenadora de Produção. Hoje, trabalho como coordenadora geral e tenho contato direto com os cooperados. Eu verifico a entrada de materiais, o horário de expediente, férias e faltas dos funcionários e todas as outras atividades que não dependem da diretoria”, conta Margarida.
De autônoma a presidente da cooperativa
Antes de entrar para a CooperPac, Valquíria trabalhava no Departamento Pessoal de uma empresa privada de coleta de lixo. Quando engravidou, em 2001, passou a atuar como autônoma, até 2004. Em 2007, Valquíria aceitou o desafio de formar uma cooperativa, da qual virou presidente. Em 2010, conseguiu, finalmente, regulamentar a organização e criou um convênio com a Prefeitura de São Paulo.
Em 2013, quando os cooperados integraram o Programa Reciclo PepsiCo, a CooperPac recebeu apoio de profissionais de contabilidade e de marketing da PepsiCo para orientações sobre aumento de rentabilidade e implementação de processos. Com o passar do tempo, os laços entre a empresa e a cooperativa se fortaleceram, o que trouxe uma série de benefícios a todos envolvidos.
“Hoje, a cooperativa busca incentivar mulheres a se empoderarem por meio do estudo, resgate da autoestima e capacitação no trabalho. Como presidente, busco me aproximar dos novos cooperados, sempre que posso, compartilhando situações que podem servir como exemplo para outras mulheres que estão em busca de mais confiança e liberdade”, afirma.
Foto: Lusimar Pereira