Estudo afirma que mulheres estão em desvantagem desde o primeiro grau da carreira profissional
As mulheres estão em desvantagem desde o primeiro grau da carreira profissional. É o que afirma o estudo Women in the Workplace 2016, publicado pela LeanIn.org e pela McKinsey & Co, em setembro deste ano. A pesquisa analisou grupos de funcionários de 132 empresas e entrevistou 34 mil funcionários.
Em cada 100 mulheres promovidas de um cargo iniciante para outro de gerência, 130 homens avançam. Elas ficam atrás dos homens em todos os degraus, mas a diferença é maior no ponto crítico em que elas poderiam chegar pela primeira vez à chefia.
Outra conclusão do estudo é que as mulheres que pediram aumentos ou promoções um pouco mais frequentemente do que os homens, tiveram propensão a serem rotuladas como “agressivas” ou “mandonas”. Destaque para o fato de que as mulheres tiveram menos acesso aos executivos seniores do que os homens; menos tarefas de alto perfil e menos tarefas de alto perfil.
Motivos
Segundo a pesquisa, um dos motivos para isso acontecer seria o seguinte cenário: na medida em que ascendem, muitas mulheres abandonam funções onde, por exemplo, são responsáveis por uma declaração de lucros e prejuízos e passam para cargos como tecnologia da informação e recursos humanos. Como resultado, é menos provável que esses cargos levem à presidência da empresa.
De acordo com o Catalyst, ao todo, as mulheres representam menos de 5 por cento dos CEOs das 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos da América. As desigualdades são mais aparentes para mulheres negras, que representam 20 por cento da população dos EUA e ocupam apenas 3 por cento dos cargos de algo escalão.
Apesar de 78 por cento das empresas tenham informado que a diversidade de gênero era uma das 10 principais prioridades para seu CEO, contra cerca de 56 por cento em 2012, somente 55 por cento afirmaram que a diversidade racial era de alta prioridade.
Outro fator que reteve as mulheres foram os companheiros que não compartilham a carga das tarefas domésticas e da educação dos filhos. Entre as mulheres que dividem de forma igualitária os afazeres domésticos com seus parceiros, 43 por cento aspiravam a cargos executivos seniores. Apenas 34 por cento das mulheres que faziam a maior parte das tarefas domésticas queriam o mesmo, segundo o estudo.
Com informações da Exame e do estudo Women in the Workplace 2016