Relatório propõe estratégias para o avanço da igualdade de gênero na América Latina e no Caribe
“Evitar contratempos, superar obstáculos e avançar no empoderamento econômico de todas as mulheres”. Essa é a proposta principal do relatório “O progresso das mulheres na América Latina e no Caribe 2017. Transformar as economias para realizar direitos”, da ONU Mulheres.
De acordo com o relatório, os governantes da região encontram os desafios de proteger os avanços em igualdade de gênero contra a desaceleração econômica, além de continuar resolvendo os obstáculos que se interpõem à capacitação do desenvolvimento econômico das mulheres. Se a região busca erguer economias não só mais prósperas e resilientes, mas também mais igualitárias, o empoderamento econômico das mulheres assume grande importância na agenda pública.
Entre os principais desafios que o relatório apresenta, está a igualdade entre mulheres e homens, que continua sendo considerada uma questão pendente na América Latina e no Caribe. A partir da análise dos avanços e desafios das mulheres, no âmbito econômico, ao longo de 25 anos, entre 1990 e 2015, o documento propõe seis estratégias principais para que os avanços realmente aconteçam na região. São elas:
– Reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho doméstico e os trabalhos não remunerados;
– Avançar na construção de sistemas de proteção social universal com foco em gênero;
– Criar mais e melhores empregos e transformar o trabalho a favor dos direitos das mulheres;
– Fomentar relações igualitárias nas famílias para reconhecerem a diversidade e os deveres e direitos de todos;
– Criar as condições para a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres;
– Conter os efeitos adversos da desaceleração econômica na igualdade de gênero.
“Os progressos realizados por mulheres na região, ao longo das últimas duas décadas, são indiscutíveis; mas eles também são, inegavelmente, lacunas persistentes não só entre mulheres e homens, mas também entre as próprias mulheres”, afirma o relatório.
Segundo o texto, tanto os ganhos quanto os obstáculos relacionados ao empoderamento econômico das mulheres refletem as profundas desigualdades econômicas da região. Isso agrava ainda mais, dependendo da dinâmica familiar, os padrões patriarcais e violentos. “Essas desigualdades – por sua vez, fortemente influenciadas pelas diferenças geográficas e de origem étnica – são obstáculos que vão ser superados a fim de alcançar o empoderamento econômico de todas as mulheres”, aponta a publicação.
Com informações do relatório “O progresso das mulheres na América Latina e no Caribe 2017. Transformar as economias para realizar direitos”