Racismo estrutural gera diferença salarial de 31% entre brancos e negros
Estudo realizado pelo Instituto Locomotiva revela que o racismo estrutural é responsável por gerar um gap salarial de 31% entre brancos e negros com ensino superior, quando isoladas todas as demais variáveis. O que demonstra que os 45% divulgados, em 2019, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), não podem ser atribuídos apenas à falta de oportunidade de formação para pessoas negras.
Os participantes da pesquisa, feita com quase 2 mil pessoas em 43 cidades brasileiras, afirmaram que: pessoas brancas têm mais oportunidades de estudo (55%) e mais chances no mercado de trabalho (65%).
“Trata-se de uma desigualdade persistente que só pode ser explicada pelo racismo estrutural. Por um lado, ele se expressa no preconceito racial. Por outro, no maior capital social dos brancos: o famoso ‘quem indica’ de um branco é outro branco que está em um cargo alto”, afirma Renato Meirelles, presidente do Locomotiva, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Com mais dificuldades em crescer dentro do mundo corporativo, os negros acabam empreendendo mais. Segundo cálculos do Locomotiva, a partir da Pnad, eles representam 52% dos empreendedores no País.
Com informações da Folha de S.Paulo