Relatório da OCDE afirma que países progrediram pouco para atingir a igualdade de gênero
O relatório The Pursuit of Gender Equality: An Uphill Battle (“Em busca da igualdade de gênero: uma batalha difícil”) traz um balanço dos esforços e os resultados dos 35 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para atingir os objetivos de igualdade entre mulheres e homens. O documento foi divulgado pela OCDE em outubro deste ano.
A OCDE identifica os vários pontos que precisam ser resolvidos e destaca que é preciso acelerar a mudança. Uma das principais conclusões do estudo afirma que, “nos últimos cinco anos, os países progrediram pouco para atingir a igualdade de gênero”, e as desigualdades persistem “em todas as áreas da vida econômica e social”, destaca José Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE, na introdução ao relatório. “Os países precisam fazer mais”, afirma.
Há algumas mudanças, principalmente, na área da educação. Em média, nos países da OCDE, as mulheres já ultrapassam os homens nos resultados escolares. Em 2014, as mulheres representavam 60,2% dos recém-licenciados. Já as desigualdades no empreendedorismo, no emprego e na vida pública continuam e têm mudado pouco nos últimos anos. O relatório mostra que, por todo o mundo, mesmo nos países mais desenvolvidos, as mulheres continuam ganhando menos do que os homens.
A publicação afirma que, apesar de algumas situações terem o tipo de trabalho como explicação, dados de 2014 mostram que mais da metade da diferença ainda acontece devido a “componentes não explicados” associados, por exemplo, a “estereótipos de gênero, convenções sociais, discriminação contra as mulheres e características dos trabalhadores, como a motivação”.
Na conclusão, o relatório afirma que muitos países da OCDE dão prioridade a essas questões nas suas políticas, e muitos fazem esforços para trazer mais mulheres para cargos de liderança, tanto no setor público quanto no privado. Segundo o secretário-geral Angel Gurría, todos os países enfrentam os seus próprios obstáculos para atingir a igualdade, mas é preciso avançar mais para tornar a igualdade de gênero uma realidade.
Com informações do portal Publico, de Portugal