Relatório do Banco Mundial revela que mulheres desfrutam de menos de dois terços dos direitos dos homens no ambiente de trabalho global


Um relatório inédito lançado pelo Banco Mundial revelou que as mulheres têm menos de dois terços dos direitos concedidos aos homens no ambiente de trabalho global. Essa descoberta, baseada em dados de 190 economias, destaca a amplitude das disparidades de gênero e a urgência de promover mudanças significativas.
A análise abrangente apresentada no relatório Women, Business and the Law revela que, quando são consideradas certas diferenças legais envolvendo violência e cuidados infantis, elas desfrutam de apenas 64% das proteções legais oferecidas aos homens. Esse número é significativamente menor do que a estimativa anterior de 77%.
Além disso, o estudo destaca a lacuna entre as reformas legais e sua implementação real. Embora muitos países tenham promulgado leis destinadas a promover a igualdade de gênero, a implementação eficaz dessas leis deixa muito a desejar. Por exemplo, embora 98 economias tenham leis que garantem igualdade de remuneração, apenas 35 adotaram medidas para eliminar as disparidades salariais.
A situação é ainda mais preocupante quando se trata da segurança feminina e do acesso a serviços de cuidados infantis. Apenas 39 economias têm leis que proíbem o assédio sexual em espaços públicos, e apenas 78 fornecem algum tipo de apoio financeiro ou tributário a pais e mães com crianças.
Diante dessas constatações, é fundamental que governos e empresas adotem medidas concretas para promover a igualdade de gênero no mercado corporativo e na sociedade como um todo. A eliminação das disparidades de gênero não apenas é uma questão de justiça, mas também pode impulsionar o crescimento econômico global e melhorar a vida de milhões de mulheres em todo o mundo.
“É urgente — mais do que nunca — que aceleremos nossos esforços para reformar as leis e promulgar políticas públicas capazes de empoderar as mulheres e permitir que trabalhem mais e abram e expandam suas próprias empresas”, disse Tea Trumbic, principal autora do relatório.
“Atualmente, apenas metade delas faz parte da força de trabalho global, em comparação com quase três em cada quatro homens. Isso não apenas é injusto, mas também constitui um desperdício. Aumentar a participação econômica feminina é a chave para amplificar suas vozes e moldar as decisões que as afetam diretamente. Os países simplesmente não podem se dar ao luxo de marginalizar metade de sua população”, complementa.
Para mais informações e detalhes sobre o relatório do Banco Mundial, acesse
Com informações de assessoria de imprensa
Leia mais
Conferência realizada na sede da ONU debate o comprometimento das empresas com as mulheres
Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça está com inscrições abertas até 30 de Março de 2024