Licença-paternidade é aliada no avanço da equidade de gênero e na saúde mental de mães que trabalham
19 agosto 2022
Apoiar a licença-paternidade contribui para a equidade de gênero e o bem-estar de colaboradores, tanto para homens quanto para mulheres. É o que aponta levantamento feito pela consultoria McKinsey. Segundo o estudo, o tempo em casa aumenta a divisão de tarefas e reduz a sobrecarga da mulher no longo prazo.
Na Suécia, por exemplo, a lei que proporciona até 30 dias de licença remunerada para os pais resultou na redução de 26% no quadro de ansiedade das mães. Embora o uso do benefício não seja unânime, todos os entrevistados que tiraram a licença consideraram a experiência positiva. Outro ganho relatado é a melhora no relacionamento com a parceira.
Licença-paternidade e a igualdade no trabalho
A licença-paternidade também ajuda mulheres no ambiente de trabalho. Com maior envolvimento paterno, as mães podem retornar a suas funções mais cedo e podem compensar as chamadas “penalidades da maternidade” que, infelizmente, ainda acontecem nas empresas.
Alguns dos benefícios da licença-paternidade para profissionais mães são mensuráveis. A McKinsey cita pesquisas que acompanharam cerca de 9 mil famílias em relação ao pagamento dos pais ao longo de cinco anos, e foi verificado que, para cada mês de licença tirada, a renda da mãe aumentou em 7%.
Outros estudos também indicam que a licença-paternidade remunerada tem o potencial de contribuir significativamente para diminuir o gap salarial entre homens e mulheres. Não é por acaso que os países com as menores diferenças salariais também têm algumas das políticas de licença parental mais generosas.
Licença-paternidade e a atração e retenção de talentos
Políticas de licença-paternidade com melhor suporte para cuidados infantis também podem impactar na atração e retenção de talentos. Afinal, as companhias que adotam essas práticas passam a se destacar no universo corporativo e se tornam locais mais atraentes para trabalhar.
De acordo com a McKinsey, 83% das mulheres e 81% dos homens dizem que os benefícios de auxílio creche são um fator significativo na decisão de permanecer no trabalho atual ou buscar outras oportunidades. Já os profissionais que tiraram a licença-paternidade disseram que a experiência os deixou mais energizados como colaboradores. Muitos falaram ainda que voltaram aos escritórios se sentindo mais motivados e propensos a permanecer por mais tempo na organização. De certa forma, a licença-paternidade se tornou um impulso de longevidade às suas carreiras.
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Com informações da Forbes Brasil.