Mulheres ocupam 16% dos cargos de administração no Brasil
Um recente levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) aponta que, em 2024, as mulheres representam 16% dos profissionais em cargos de administração (conselhos de administração, fiscais e diretorias) nas empresas de capital aberto no Brasil. Este é um aumento em relação a 2021, quando a participação feminina era de apenas 13%, conforme a primeira edição da pesquisa “Análise da Diversidade de Gênero e Raça de Administradores e Empregados das Empresas de Capital Aberto”.
Apesar desse crescimento, o avanço ainda é considerado lento. O estudo abrangeu 394 empresas, revelando que 83% delas têm ao menos uma profissional em cargos administrativos. Entretanto, das 6.323 posições avaliadas, apenas 15,8% são ocupadas por mulheres. Mais especificamente, 67% das empresas têm executivas nos conselhos de administração e apenas 42% nas diretorias, com as mulheres ocupando, em média, 23% dos assentos nos conselhos que possuem pelo menos uma conselheira.
No que se refere à diversidade de gênero entre os mais de 3 milhões de pessoas contratadas nessas empresas, a representatividade feminina é maior do que nos conselhos e diretorias, mas ainda insuficiente: as profissionais constituem 38%, enquanto os homens representam 53%.
A desigualdade de gênero também se reflete nas lideranças empresariais, onde 50% são homens, 31% são mulheres e apenas 0,04% são pessoas não binárias.
Diversidade racial
A diversidade racial nos cargos administrativos também é baixa. O levantamento do IBGC mostra que 81% dos cargos em conselhos e diretorias são ocupados por pessoas brancas, seguidas por pardos, que ocupam apenas 3% das posições. Administradores pretos e indígenas representam menos de 1% da amostra.
Entre colaboradoras e colaboradores, 38,9% são pessoas brancas, com a maioria (56%) em cargos de liderança. Profissionais pardos constituem 22% das lideranças e representam 30% do total de colaboradores. Pessoas pretas ocupam 9% das posições gerais, enquanto amarelos e indígenas representam apenas 1% e 0,4%, respectivamente.
Os resultados do estudo enfatizam a necessidade urgente de as empresas e outros agentes do mercado refletirem sobre e promoverem o desenvolvimento da diversidade de gênero e raça, especialmente nos órgãos de administração onde essa diversidade é ainda menor.
Para conferir o estudo na íntegra, acesse https://bit.ly/3Knvo8b
Com informações de Meio e mensagem
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