Mulheres executivas estão otimistas com oportunidades de negócios e ESG


No atual contexto macroeconômico desafiador, as mulheres executivas demonstram um comportamento resiliente e otimista, conforme revela o estudo Global Female Leaders Outlook 2023, conduzido pela KPMG. Com 839 participantes de 53 países, incluindo 46 do Brasil, a pesquisa destaca não apenas os desafios enfrentados, mas também a determinação e a perspectiva positiva dessas líderes diante das incertezas globais.
Apesar dos obstáculos, 80% das participantes manifestaram otimismo em relação às oportunidades que surgem em meio às crises, enquanto 78% se enxergam de maneira positiva em suas posições de liderança neste cenário desafiador. Contudo, apenas 6% delas se sentem plenamente adaptadas ao “novo normal”. A jornada dupla, os desafios na carreira e na vida pessoal, e a sobrecarga física e mental são questões recorrentes enfrentadas pelas executivas, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada e inclusiva nos ambientes corporativos.
“Algo que não pode ser ignorado é a carga mental que as mulheres sofrem constantemente tendo de conciliar as atribuições que exercem nos diversos papéis que cumprem na sociedade, além das funções cotidianas consideradas menos importantes. Estudos comprovam que essa carga mental é mais forte em mulheres que em homens”, diz Patrícia Molino, sócia de Cultura e Gestão de Mudanças e líder do Comitê de Inclusão, Diversidade e Equidade (CIDE) da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Um ponto de destaque do estudo é a crescente importância do ESG (Ambiental, Social e Governança) nas estratégias corporativas. Com 47% das líderes esperando um impacto positivo do ESG no crescimento das empresas, a busca por equidade de gênero e transparência nos relatórios ganha relevância. A necessidade de metas de equidade de gênero no C-level é reconhecida por 75% das respondentes, evidenciando um compromisso crescente com a diversidade e a inclusão nas organizações.
Confira alguns dados relacionados às respostas das profissionais brasileiras participantes
- 85% afirmam que seus estilos de liderança passaram por ajustes para poderem lidar com a nova realidade;
- 66% sentem-se adaptadas ao chamado “novo normal”;
- 80% sentem-se positivas diante das oportunidades;
- 54% afirmaram que o clube do bolinha ainda existe em suas empresas, mas 65% constataram que as redes femininas de apoio estão se expandindo;
- 72% das profissionais confiam que, em até 15 anos, a igualdade de gênero em conselhos será uma realidade.
Para conferir o Global Female Leaders Outlook 2023 nos recortes Brasil, América Latina e o global, acesse: https://bit.ly/3UVN7tR
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