Dobra o número de mulheres participantes no Fórum Econômico Mundial de 2019
Entre os dias 22 e 25 de janeiro aconteceu em Davos, na Suíça, mais uma edição do Fórum Econômico Mundial. O encontro, que acontece todo mês de janeiro desde 1971, reúne líderes mundiais, chefes das maiores empresas do mundo e celebridades para discutir questões mundiais urgentes.
Apesar de a presença masculina superar o número de mulheres em todas as edições, em 2019, 22% dos participantes são do sexo feminino. Essa porcentagem dobrou desde 2001. Entre os jovens líderes globais, das 100 pessoas com menos de 40 anos que são convidadas para o evento anualmente, mais da metade são mulheres.
Para incentivar a presença delas no evento, há um sistema de metas para grandes empresas que define que a cada quatro homens é preciso levar, ao menos, uma mulher.
Ann Cairns, vice-presidente da Mastercard, e Barri Rafferty, diretora-executiva da empresa global de relações públicas Ketchum, estiveram presentes no fórum, e relataram que várias vezes foram tratadas como acompanhantes dos maridos em Davos, em vez de serem identificadas como participantes do encontro.
O gap de gênero dentro do Fórum Econômico Mundial é um reflexo da situação global tanto no universo corporativo quanto no ambiente político. Segundo dados apresentados no último relatório global do FEM, se continuarmos no ritmo atual, será preciso 108 anos para reduzir a diferença de gênero e 202 anos para alcançar a paridade na força de trabalho.
Mesmo com dados pessimistas, a discussão de igualdade de gênero em Davos está sendo ampliado. O tema tem sido levando em questões como educação e futuro do mercado de trabalho.