Brasileiros têm dificuldade em aceitar mulheres CEOs
Para quem não conhece, o Reykjavik Index for Leadership é um índice que mede como as pessoas se sentem em relação às mulheres na liderança e a legitimidade percebida da liderança masculina e feminina na política e em algumas profissões. Ele também analisa, avaliando grupos de nações do G7, e atitudes de mais de 10.000 pessoas, como homens e mulheres diferem em seus pontos de vista e até que ponto elas e eles são vistos igualmente em termos de adequação de indivíduos para posições no mercado de trabalho.
Em edição recente do Reykjavik, pesquisa realizada pela consultoria Kantar, apenas 41% dos brasileiros se sentiriam confortáveis com CEOs mulheres em grandes organizações. É a primeira vez que o Brasil se destaca no índice.
Sonia Bueno, presidente da Kantar Brasil, o país foi classificado positivamente por estar acima da média da relação, “refletindo uma preocupação maior das empresas com a promoção da liderança feminina e um olhar do governo para o tema”. Ela complementa: “Nós precisamos ver que há 59% de brasileiros que não se sentem muito confortáveis de ver uma mulher como CEO”, o que deixa claro que ainda há bastante espaço para a evolução social do tema.
Segundo Sonia, as mulheres confiam que elas próprias podem assumir posições como líderes, mas, infelizmente, essa sensação não é recíproca dos homens, e, como sociedade, precisamos entender por que não.
Para essa edição do Reykjavik Index for Leadership, 22 mil adultos dos setores financeiro, automotivo e inteligência artificial foram entrevistados. O estudo conclui, de forma geral, que a percepção dos gêneros sobre a adequação feminina nas lideranças varia entre áreas, mas que estereótipos ainda persistem em muitos lugares, como, por exemplo, a convicção de que mulheres são mais adequadas para esferas da educação, da moda, da beleza, da saúde e do bem-estar.
Com informações do Valor Econômico