Estudo aponta que poucas empresas no Brasil adotam benefícios exclusivos para as mulheres
Segundo estudo da consultoria Mercer Marsh, no Brasil, o número de empresas que adotam pacotes de benefícios exclusivos para ajudar as mulheres a conciliarem carreira e vida pessoal ainda é pequeno. De janeiro a outubro de 2015, a pesquisa avaliou 267 companhias de grande e médio porte, de 29 segmentos.
Como resultado, entre elas, apenas um terço concede licença-maternidade estendida de seis meses, e 23% promovem campanhas pré e pós-natal. Além disso, o número de corporações que declaram ter berçário para recém-nascidos é de 3%. Os espaços para que as funcionárias coletem e conservem o leite materno também são raros e existem em apenas 7% das empresas ouvidas.
A Unilever Brasil, uma das associadas do Movimento Mulher 360, é uma das empresas que colocam os benefícios em prática. Nos últimos três anos, ela aumentou em 15% o número de mulheres em suas posições de liderança. Em 2014, a empresa chegou praticamente à equidade de gênero, com 49% de executivas.
Para chegar a esses números, em seu programa de diversidade, a Unilever inclui atividades de coaching, mentoring e networking voltadas ao público feminino. Além disso, ela permite flexibilidade de horários de trabalho.
Outro exemplo é da Bacardi Brasil. Em 2010, as mulheres correspondiam a 26% da equipe e a 15% dos cargos de gestão. Atualmente, os números chegam a 30% e 70%, respectivamente. O aumento aconteceu devido a uma série de medidas da empresa. Uma delas foi sempre incluir ao menos uma mulher em cada processo de seleção para posições de gerência. A licença-maternidade foi estendida para seis meses e a empresa afirma que estuda a possibilidade de implementar a licença-paternidade.
Fonte: EXAME