ONU Mulheres lança cartilha para promover a inclusão de mulheres refugiadas e migrantes em ações voltadas para equidade de gênero
![Foto de uma mulher com lenço cobrindo o cabelo e uma mulher negra sentadas em um escritório. Uma delas, está com um lápis em uma das mãos enquanto a outra está próxima a um caderno em cima da mesa. As duas sorriem](https://movimentomulher360.com.br/wp-content/uploads/2022/12/MM360-_-Transversalizacao-de-Genero.png)
![Foto de uma mulher com lenço cobrindo o cabelo e uma mulher negra sentadas em um escritório. Uma delas, está com um lápis em uma das mãos enquanto a outra está próxima a um caderno em cima da mesa. As duas sorriem](https://movimentomulher360.com.br/wp-content/uploads/2022/12/MM360-_-Transversalizacao-de-Genero.png)
Mulheres refugiadas enfrentam maior dificuldade em inserção no mercado de trabalho do que homens, segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU). Enquanto 96% deles têm acesso à reintegração socioeconômica, esse índice cai para 76% no que diz respeito a elas. O mesmo se percebe nas taxas de desemprego: enquanto a taxa geral é de 11%, no recorte de gênero, percebe-se que ela é de 17,7% entre as mulheres contra apenas 6,4% entre os homens.
Com objetivo de chamar a atenção para as necessidades específicas e a diversidade feminina em respostas a emergências humanitárias, em especial ligadas ao empoderamento econômico, a ONU Mulheres conjuntamente com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com o apoio do Governo de Luxemburgo, lançaram a cartilha Transversalização de gênero: uma questão de direitos humanos.
A publicação destaca a importância da integração da questão de gênero nas diferentes áreas e setores da sociedade, além de apontar brevemente de que maneira todos os agentes podem realizar abordagens que alcancem a transversalização. O material também descreve conceitos importantes para se trabalhar com essa temática e elenca pontos de atenção para a implementação de ações em prol da igualdade de gênero.
“Quando transversalizamos gênero em todas as áreas e setores, potencializamos as mudanças sociais e pavimentamos o caminho por relações mais justas, solidárias e igualitárias entre todas e todos”, afirma o documento.
Transversalização de gênero na prática
Algumas vezes, as desigualdades entre os gêneros são mais visíveis. Em outras, no entanto, podem ser menos óbvias e até mesmo ocultas. As vantagens de se criar mecanismos para garantir que as interseccionalidades sejam respeitadas e levadas em consideração para promover oportunidades justas para todas as mulheres em projetos, programas e políticas públicas, segundo a cartilha da ONU, são:
- Ampliam o alcance das análises e dos investimentos: os diagnósticos estarão mais próximos de perceber o contexto e de medir se o projeto está impactando determinada população proporcionalmente.
- Fornecem subsídios à democratização de acesso e participação igualitária entre meninas, mulheres, meninos e homens em diferentes contextos.
- Contribuem para o desenvolvimento local e para a prevenção, a mitigação e a resposta à violação de direitos humanos.
- Diversificam e enriquecem os espaços de convívio, com consequências que superam as ações locais.
Confira na íntegra a publicação Transversalização de gênero: uma questão de direitos humanos e faça o download em https://bit.ly/3BH7rVy.
Conheça o Programa Moverse – Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes no Brasil
Iniciado em setembro de 2021, o programa conjunto Moverse – Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes no Brasil, com duração até dezembro de 2023, tem como objetivo garantir que políticas e estratégias de governos, empresas e instituições públicas e privadas fortaleçam os direitos econômicos e as oportunidades de desenvolvimento entre venezuelanas refugiadas e migrantes.
Para alcançar essa meta, a iniciativa é construída em três frentes. A primeira trabalha diretamente com empresas, instituições e governos nos temas e ações ligadas a trabalho decente, proteção social e empreendedorismo. A segunda aborda diretamente mulheres refugiadas e migrantes, para que tenham acesso a capacitações e a oportunidades para participar de processos de tomada de decisões ligadas ao mercado laboral e ao empreendedorismo. A terceira frente trabalha também com refugiadas e migrantes, para que tenham conhecimento e acesso a serviços de resposta à violência baseada em gênero.
Com informações da ONU Mulheres
Saiba mais: Projeto busca empoderar economicamente mulheres refugiadas no Brasil e
Baixe o e-book Gênero e suas interseccionalidades: como garantir oportunidades para todas as mulheres