Apenas 50% das empresas priorizam o avanço profissional das mulheres, avalia a 11ª edição do Women in the Workplace 2025 Report
A 11ª edição do relatório Women in the Workplace 2025, realizado pela McKinsey em parceria com a Lean In, revela uma estagnação perigosa no avanço das mulheres no mundo do trabalho. Apenas 50% das empresas pesquisadas priorizam a ascensão profissional feminina, nessa análise feita no contexto do mercado corporativo americano.
Essa falta de comprometimento é um sinal de alerta, especialmente porque mais de 20% das organizações agora dão pouca ou nenhuma prioridade ao avanço das mulheres, um número que sobe para quase 30% quando o foco é o crescimento de mulheres negras.
A estagnação no avanço é reflexo direto de barreiras estruturais que persistem, nas quais as mulheres recebem menos apoio na carreira e têm menos oportunidades de ascensão do que os homens.
A barreira mais significativa continua sendo o passo inicial na gestão. Pelo 11º ano consecutivo, a promoção é desigual: para cada 100 homens promovidos a gerente, apenas 93 mulheres alcançaram essa posição no último ano.
Essa disparidade se aprofunda drasticamente para mulheres não brancas: apenas 82 mulheres asiáticas e latinas, e um número alarmante de 60 mulheres negras, alcançam esse primeiro passo crucial para cada 100 homens.
A consequência é a sub-representação em todos os níveis da hierarquia. Na alta liderança, as mulheres representam apenas 29% dos cargos de diretoria, percentual inalterado em relação a 2024.
Menos mulheres em cargos de gerência significam uma reserva menor de talentos femininos para serem promovidas a cargos seniores, perpetuando o ciclo da desigualdade no topo.
Além da dificuldade na primeira promoção, as mulheres também enfrentam uma carência crítica de apoio estratégico. Apenas 31% das mulheres em início de carreira têm uma patrocinadora(o), em comparação com 45% dos homens.
A sobrecarga dos gestores agrava o problema: apenas 7% dos gerentes sentem que têm o tempo necessário para serem gestores de pessoas eficazes. Essa falta de tempo impacta diretamente o suporte, a mentoria e a defesa das carreiras femininas, minando a confiança das profissionais.
Apesar do cenário desafiador, o relatório aponta para um caminho claro: quando as profissionais percebem seu ambiente de trabalho como justo e inclusivo, elas prosperam. A oportunidade de crescimento profissional é um dos maiores impulsionadores do engajamento, mas isso só ocorre quando as pessoas acreditam que as oportunidades estão ao seu alcance.
Leia o Women in the Workplace 2025 Report na íntegra (em inglês)
Com informações de McKinsey.