Movimento Mulher 360 celebra 10 anos de atuação pelo avanço da equidade de gênero
O Movimento Mulher 360 celebrou ontem, 27 de outubro, em evento presencial, no Teatro Vivo em São Paulo, seus 10 anos de atuação reunindo lideranças empresariais, especialistas e representantes da sociedade civil em uma tarde marcada por reflexões, trocas e emoção. A apresentação ficou por conta de Letícia Vidica e JP Polo, mestres de cerimônia da comemoração.
Na abertura, Margareth Goldenberg, diretora-executiva do Movimento, destacou a trajetória coletiva construída ao longo da década.
“O MM360 nasceu para unir empresas em torno de um propósito comum: transformar o mundo corporativo e a sociedade pelo avanço da equidade de gênero. Hoje, somos uma rede viva de trocas, inovação e compromisso, com mais de 120 empresas associadas que impactam cerca de 2 milhões de pessoas direta e indiretamente. Juntos, temos o papel de promover a equidade dentro das organizações e também de iluminar caminhos para todo o mercado corporativo brasileiro.”
As diretoras voluntárias do Movimento, Karina Chaves e Lilian Rauld, reforçaram seu papel como articulador de boas práticas e conhecimento, evidenciando o engajamento crescente das empresas associadas e os resultados alcançados coletivamente ao longo desses 10 anos.
O painel “Lideranças pelo futuro da equidade” reuniu Silvia Penna (Uber), Marco Castro (PwC), Juliana Sztrajtman (Amazon) e Fernando Modé (Grupo Boticário) em uma conversa mediada por Margareth Goldenberg sobre legados e desafios na promoção da equidade de gênero nas empresas. Em suas falas finais, cada CEO trouxe um ponto de reflexão importante sobre sucesso e legado dentro da pauta de DEI.
“Para que essa diversidade de pensamento e perspectivas possa funcionar, o ambiente tem que estar preparado para isso. As pessoas têm que ter voz ativa. De outro lado, a gente precisa reconhecer que o sentimento que as pessoas têm sobre algo que estamos experimentando, ele é único, é subjetivo e é individual. E a gente precisa garantir que esse espaço, esse contato, esse afeto, ele aconteça da melhor forma para cada uma das pessoas, para que isso aconteça também”, compartilhou Fernando Modé
“Minha visão de futuro e sucesso é que a gente empodere toda a geração nova para que todo mundo saia com a mesma capacidade e com a mesma confiança na sua competência”, disse Silvia Penna.
“Eu queria muito poder deixar uma organização onde as pessoas possam ser quem elas são e a gente tenha pessoas diferentes para que isso leve a gente para um lugar melhor como empresa, mas acredito que como sociedade também. Boa parte das pessoas estão em empresas, então, fazer uma empresa melhor tem a ver com fazer uma sociedade melhor também”, contou Juliana Sztrajtman
“Temos que ser mais profundos em tudo o que fazemos. Temos que sair da página inicial do jornal, das letras. Você tem que ir atrás, aprofundar, conhecer. Você tem que ser mais e trazer as pessoas. O papel de quem está aqui é fundamental para trazer os outros, explicar o porquê que isso é importante, porquê que faz sentido, para onde vai”, encerrou Marco Castro.
Na sequência, o painel “Cultura e Mídia: Vetores de Equidade” reuniu Carla Akotirene, Ana Paula Padrão e Paola Carosella, com mediação de Mafoane Odara, para discutir como a representatividade e as narrativas na mídia influenciam comportamentos e fortalecem a transformação cultural.
O encerramento, com o bloco “O futuro da equidade precisa de todas e todos nós”, trouxe vozes diversas representando diferentes pautas: Carolina Ignarra falou sobre capacitismo e as barreiras enfrentadas por mulheres com deficiência; Guilherme Valadares abordou o papel dos homens como aliados na equidade de gênero; Michele Terni destacou a importância de conciliar carreira e família; Benilda Brito reforçou a urgência de ampliar oportunidades para mulheres negras; Maite Schneider trouxe a pauta da inclusão de pessoas trans; e Daniela Grelin encerrou ressaltando a necessidade de considerar todas as interseccionalidades na construção de um futuro mais justo.
“Celebrar 10 anos é honrar o passado, reconhecer o presente e assumir um compromisso renovado com o futuro. A equidade de gênero não é uma pauta paralela, é uma pauta de desenvolvimento, inovação e justiça. O futuro com equidade se constrói agora, e ele depende de cada um e cada uma de nós”, concluiu Margareth Goldenberg.
Confira abaixo algumas fotos do evento.
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