Mulheres em posição de liderança demonstram maior confiança, aponta estudo global
1 novembro 2024
O estudo Work Relationship Index 2024, conduzido pela empresa de tecnologia HP, revelou uma descoberta significativa: mulheres em cargos de liderança apresentam maior confiança em liderança do que homens na mesma posição.
Com mais de 15.600 profissionais de diferentes países, incluindo Brasil, o levantamento mostrou que 54% das colaboradoras se sentem seguras sobre suas competências para alcançar o sucesso no trabalho, superando os 42% dos colaboradores.
“Muitas empresas estão investindo e dando maior ênfase ao treinamento e aos recursos específicos para habilidades humanas, como o treinamento em empatia, que pode estar capacitando as mulheres com a confiança feminina em liderança necessária para ampliar e desenvolver suas habilidades nessas áreas”, declarou Neil Sawyer, diretor da HP no Reino Unido e na Irlanda, à Forbes.
Os resultados destacam a confiança feminina em liderança em habilidades como empatia, comunicação e inteligência emocional. Esse diferencial é visto como um componente essencial na liderança feminina, com 52% das participantes confiantes nessas competências, em comparação aos 39% dos profissionais. Nos Estados Unidos, a confiança feminina em habilidades humanas é particularmente notável, alcançando 53%, índice 12% superior ao masculino.
A pesquisa também identificou que as mulheres têm uma confiança elevada em suas habilidades técnicas, como conhecimentos em informática e apresentação, com 48% delas demonstrando confiança nessas competências, contra 38% dos homens. Essa superioridade é atribuída ao maior interesse feminino por treinamentos específicos que desenvolvem habilidades pessoais e profissionais.
Além das habilidades individuais, a representatividade é apontada como fator relevante para a confiança. A presença de mais mulheres em cargos de liderança incentiva outras colaboradoras a desenvolverem e confiarem em suas capacidades, impactando positivamente a cultura organizacional.
A Dra. Alexa Chilcutt, da Johns Hopkins Carey Business School, destacou que mentoras femininas promovem um ambiente em que outras mulheres se sentem mais à vontade para prosperar.
A pesquisa enfatiza ainda que as relações interpessoais e o reconhecimento individualizado são fundamentais para um ambiente de trabalho saudável. O estudo destaca que 68% dos trabalhadores preferem empresas que permitam a personalização de suas atividades, com uma proporção ainda maior entre líderes, chegando a 76%. No Brasil, o percentual sobe para 86% entre líderes que valorizam jornadas personalizadas.
Esses resultados destacam a capacidade das líderes de transformar ambientes de trabalho, revelando um futuro onde habilidades humanizadas e avanços tecnológicos andam de mãos dadas na construção de uma cultura corporativa mais inclusiva e bem-sucedida.
Com informações do Uol
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