Mais de 56% das pessoas de 50 a 64 anos estão fora do mercado de trabalho


O etarismo, ou discriminação com base na idade, é um problema crescente no mercado de trabalho global. Profissionais acima dos 50 anos enfrentam desafios ao buscar recolocação, principalmente por estereótipos que os associam à falta de inovação e de capacidade de adaptação às novas tecnologias.
Dados da pesquisa “Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações”, realizada pela Robert Half e Labora, indicam que 56% das pessoas de 50 a 64 anos estão fora do mercado de trabalho. No Brasil, essa situação tem se agravado devido à falta de políticas inclusivas voltadas para esse público.
Os dados apontam que 55% dos profissionais mais velhos acreditam que o avanço da tecnologia tem contribuído para aumentar essa exclusão, enquanto 40% dos mais jovens afirmam que sua juventude é vista como falta de experiência ou preparo. Esses estereótipos perpetuam desigualdades e impedem que empresas tenham equipes diversas e dinâmicas.
“Para criar um ambiente de trabalho verdadeiramente inclusivo, é essencial promover a conscientização sobre etarismo e investir em treinamento contínuo para todos as pessoas da empresa. Muitas vezes, preconceitos inconscientes relacionados à idade passam despercebidos, mas têm um impacto significativo no ambiente corporativo”, diz Sérgio Serapião, fundador e CEO da Labora
Entre as soluções para enfrentar o etarismo, empresas devem investir em programas de reciclagem profissional, promover equipes multigeracionais e adotar processos seletivos que considerem as habilidades e experiências diversificadas.
O avanço tecnológico é uma oportunidade para integrar diferentes gerações no ambiente de trabalho, com profissionais seniores trazendo expertise e os mais jovens contribuindo com novas perspectivas.
Além disso, organizações que abraçam a diversidade etária obtêm vantagens competitivas, como maior inovação e melhor tomada de decisões, refletindo um ambiente mais inclusivo e equilibrado.
Empresas e líderes precisam estar preparados para reavaliar suas práticas e garantir que oportunidades de desenvolvimento sejam acessíveis a todos, independentemente da idade.
As instituições que abraçam a diversidade etária estão melhor preparadas para responder aos desafios globais de um mercado competitivo. Valorizar diferentes gerações é essencial para promover inovação, criatividade e inclusão no ambiente de trabalho.
Para conferir o estudo “Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações” na íntegra, acesse https://bit.ly/481YrJC
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