Transcrição do episódio

Trilha sonora

Margareth Goldenberg

Olá, seja bem-vindo, seja bem-vinda ao MM360Cast. Eu sou Margareth Goldenberg, gestora executiva do Movimento Mulher 360. Aqui bato um papo com convidadas das empresas associadas para discutir ideias e práticas de promoção da equidade de gênero e diversidade nas organizações.

Neste episódio, vamos retomar um tema urgente que se agravou com a pandemia da Covid-19: a violência contra a mulher. O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, e a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal. Com o início do isolamento social, o número de casos quase dobrou.

Trilha sonora

A violência contra a mulher não afeta apenas a vida pessoal, mas também a profissional. Um estudo da Universidade Federal do Ceará mostrou que o mercado de trabalho nacional perde cerca de um bilhão de reais, levando em consideração as faltas por motivo de violência doméstica. O papel social das empresas as torna corresponsáveis pela inserção desse tema na agenda prioritária.

É importante trabalhar internamente para contribuir com a prevenção da violência e do assédio e também dar todo o suporte necessário para mulheres que foram vítimas. E para entender como as empresas estão se posicionando em relação a esse tema, convidamos Fernanda Infantini, Líder de Connected Commerce da Johnson & Johnson, e Natália Falcón, Gerente de Comunicação para Assuntos de Segurança e de Parcerias para Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Uber.

É um prazer imenso ter vocês aqui com a gente hoje. Uber e Johnson & Johnson são exemplos sólidos de como as empresas podem oferecer suporte e proteção para mulheres em situações de vulnerabilidade. E para começar esse papo, gostaria de convidar Fernanda para contar como a Johnson & Johnson tem se posicionado para garantir que as vítimas tenham o suporte necessário e permaneçam protegidas. Bem-vinda, Fernanda.

Fernanda Infantini

Muito obrigada, Margareth. Estou muito feliz de estar aqui e poder participar, dando voz a um assunto tão importante. Na Johnson & Johnson, acreditamos que a empresa tem um papel muito maior do que apenas ser um ambiente de trabalho, mas também na atuação como comunidade. Temos uma frente de atuação chamada WLI, que é a nossa frente de liderança e inclusão das mulheres. Essa frente existe há 25 anos dentro da empresa e aborda a equidade de gênero, falando basicamente de três pilares: avanço das mulheres, inclusão e como podemos melhorar e atuar de forma mais consistente na nossa comunidade, para vivermos numa sociedade melhor. Buscamos o desenvolvimento e o empoderamento das mulheres no enfrentamento de vieses inconscientes de gênero e buscamos o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Nosso propósito é não só promover um ambiente organizacional inclusivo, que defenda o avanço das mulheres, mas também um ambiente mais igualitário. E quando falamos de assédio, ele é um problema delicado. É um problema que, na maioria das vezes, é silencioso. Precisamos ouvir muito mais e ir além daquilo que está sendo dito efetivamente para poder agir, pois é um assunto que muitas vezes pode fazer com que a vítima sinta vergonha ou não se sinta confortável em falar. Por isso, precisamos criar um ambiente acolhedor, não ter só ferramentas e canais de comunicação, mas fazer com que a vítima se sinta confortável para falar e trazer o problema.

Acho que três passos são fundamentais. Primeiro, trazer para a consciência. Precisamos falar sobre este problema, reconhecendo que ele existe e que pode estar acontecendo. Criamos conexões através de relatos. Mesmo que isso não esteja acontecendo agora na nossa realidade, pode estar acontecendo com alguém ao nosso lado ou com alguém que está passando por isso e que não está falando. Então, como trazemos relatos e mostramos empatia? Como estimulamos conversas, mostrando casos reais que acontecem no mundo lá fora e dentro da empresa? É fundamental que criemos conexões também para que uma possível vítima se sinta à vontade e entenda que esse assédio não pode e não deve acontecer.

Criar um ambiente acolhedor também é uma coisa que a gente precisa, não é do dia para a noite. Não é só dizer que eu vou agir de forma mais acolhedora que eu crio um ambiente acolhedor. Então é ter os canais de comunicações formais da companhia e também não oficiais, mantendo conversas abertas, que os líderes se coloquem à disposição. Hoje a gente tem uma pauta presente em todas as nossas reuniões de liderança. Eu trago uma hierarquia como um aliado. A liderança como um aliado que pode suportar uma vítima nesse momento.

E aí, por fim, é agir para transformar. Hoje, convidamos todos os nossos colaboradores, não só na frente feminina, mas também todas as nossas outras frentes de diversidade e inclusão, para serem aliados contra discriminação e assédio. Não só na Johnson & Johnson, não só no dia a dia e nas reuniões de trabalho, mas também para agir fora delas. Além de todos os canais de comunicação estruturados que temos, temos um guia hoje que orienta e ajuda a se posicionar e ser um aliado contra a discriminação e assédio. Então, entendemos que falar sobre isso é importante.

Criar um ambiente, dar ferramentas para que as pessoas possam se apoiar, para poder agir e realmente transformar são fundamentais. Acho que a disciplina é muito importante para que mantenhamos esses assuntos sempre em pauta. Ferramentas como o guia ou como os próprios canais de comunicação são super importantes não só para a vítima, mas também para construir e trazer aliados. Esse é um bom caminho que encontramos dentro da Johnson & Johnson para falar sobre esse assunto tão importante e que precisa ser discutido.

Margareth Goldenberg

Muito bom ouvir sobre essa jornada e saber como são múltiplas as dimensões em que precisamos atuar para garantir um ambiente seguro e sem discriminação para todos e todas dentro da empresa.

Eu gostaria de falar agora um pouquinho com a Natália.

Natália, temos acompanhado o trabalho muito bacana que vocês têm feito na Uber, constantemente focado na questão da segurança para as mulheres, tanto dentro quanto fora da organização. Seja muito bem-vinda. Você poderia nos contar um pouco sobre essas ações?

Trilha sonora

Natália Falcón

Oi, Margareth. Oi, Fernanda. Obrigada pela oportunidade de falar um pouquinho sobre esse trabalho. Sim, a segurança sempre foi uma prioridade para a Uber, e dentro desse aspecto, a segurança para a mulher também é um componente super importante.

Nossa operação, a operação do aplicativo, acontece nas ruas. Sabemos que o Brasil traz desafios enormes nessa área da violência de gênero, e queremos fazer parte da solução, não é? Queremos colaborar com o enfrentamento dessa questão. Então, desde 2018, assumimos um compromisso público de combate à violência contra a mulher.

Eu gosto de explicar esse compromisso dividindo-o em três pilares. Uma frente voltada para a sociedade, focada nas mulheres brasileiras em geral; um pilar voltado para a nossa plataforma, ou seja, para as usuárias do aplicativo e para as motoristas parceiras; e um pilar voltado para as funcionárias, focando na parte mais interna da empresa.

E aí falando rapidamente sobre cada um deles, quero destacar aqui no pilar da sociedade uma iniciativa que conversa muito com os dados que a Margareth trouxe. Neste contexto de pandemia, vimos a violência doméstica crescer. E nesse momento, fizemos uma parceria com o Instituto Avon para ajudar as mulheres vítimas de violência doméstica.

Vimos que as mulheres estavam passando por essa situação, isoladas em casa com seus agressores, e buscamos oferecer uma forma delas pedirem ajuda, mas de forma silenciosa. Então chegamos na Ângela, que é meio que uma assistente virtual, a quem gostamos de chamar de amiga virtual, porque ela pode ser acionada pelo WhatsApp. Ela simula uma amiga real da pessoa e faz uma série de perguntas para a mulher, para que ela possa identificar o grau de urgência e ser orientada da melhor forma possível. Apoiamos a elaboração e criação desse chatbot e também oferecemos códigos promocionais. Porque se essa mulher precisar se deslocar com independência, buscar uma unidade de saúde, uma delegacia ou um lugar seguro, ela pode chamar um veículo pelo aplicativo e fazer essa viagem gratuitamente.

Seguimos com essa parceria ao longo deste ano. Além de ajudar as mulheres vítimas de violência, também ampliamos isso para ajudar pessoas que queiram orientar alguém que está passando por uma situação dessas, porque às vezes você também não sabe qual a melhor forma de ajudar ou aconselhar. Então, a Ângela teve esse escopo ampliado.

Acho que na frente da plataforma um projeto que eu gosto muito de destacar é o Podcast de Respeito. Temos uma base de motoristas que é majoritariamente masculina, e nos deparamos com a questão de como falar com eles sobre violência de gênero, sobre respeito, sobre assédio. Esse podcast foi elaborado em conjunto com o Instituto Promundo, que é uma organização voltada para conversar com homens sobre esses assuntos.
Envolvemos os motoristas no desenvolvimento desse projeto. Perguntamos a eles quais eram as dúvidas, quais eram as ideias que tinham sobre o assunto e até qual formato preferiam para escutar e que funcionaria melhor. Chegamos, então, no formato de podcast, que foi super bem recebido. Ampliamos o conteúdo para abordar também racismo e LGBTfobia, e esse formato, acredito, veio para ficar. O podcast, inclusive, foi super bem recebido pelos motoristas, que podem escutá-lo enquanto dirigem, entre outras atividades.

E no pilar de funcionários, a conversa se assemelha muito ao que a Fernanda falou, dessa questão de criar um canal de comunicação, escutar as pessoas, ter uma escuta ativa. Criamos um canal chamado Não Deixe Passar, que é justamente para ouvir as pessoas sobre qualquer situação que tenha deixado alguém desconfortável. E é muito importante ressaltar que não existe uma fórmula única do que é ou não é aceitável. Cada pessoa tem suas próprias experiências e sensibilidades, e nós encorajamos muito que as pessoas usem esse canal para informar sobre situações desconfortáveis. Temos uma página no sistema interno da empresa que explica como funciona o processo, quais são as etapas e como será conduzida a investigação, dependendo do que a pessoa deseja fazer — se quer falar mais sobre o assunto ou não. Isso é importante para oferecer a melhor assistência possível.

Durante a pandemia, também nos deparamos com o desafio de como falar com as funcionárias nesse momento de isolamento, já que não temos mais os banners sobre esse canal nos banheiros do escritório, com todos em home office. Nos adaptamos bastante, produzindo vídeos e utilizando os meios de comunicação internos, como e-mails, editais, canais de Slack etc., para tentar alcançar as pessoas. E deixamos bem claro que, mesmo nesse contexto, estamos juntos e que a Uber oferece uma série de formas de ajuda para a funcionária que venha a passar por uma situação de violência. Se a conta dela está vinculada ao agressor e ela recebe o salário por ali, ela pode precisar desvincular a conta rapidamente. Se ela precisar mudar de cidade ou de tempo para se reorganizar e arrumar a vida, há uma página que explica como podemos ajudar. Além disso, orienta sobre o que esperar do judiciário, como fazer um boletim de ocorrência, o que levar e quais são os passos nesse processo. Mas acho que tudo isso passa também pela escuta, por entender o momento que estamos vivendo, que está sendo difícil para todo mundo. E sempre nos adaptando e entendendo a melhor forma de ajudar as mulheres nessa situação.

Margareth Goldenberg

Em relação à sensibilização e ao esclarecimento dos homens, não estou falando especificamente de violência, mas da questão do assédio. Eu faço muitos workshops sobre esse tema e é muito comum homens não perceberem atitudes que são percebidas por nós, mulheres, como assédio moral, assédio sexual, incômodo, até microagressões que, muitas vezes, não são vistas como assédio, mas causam incômodo emocional, físico e muitas vezes impactam diretamente no nosso desempenho profissional, porque o ambiente fica inseguro.

Vocês têm trabalhado também com os motoristas? Porque esse espaço do carro, quando a gente pega o carro para ir de um lugar ao outro, é um espaço onde muitas vezes uma mulher sozinha e um homem na direção. Eu acompanhei alguns trabalhos e queria que você contasse um pouquinho sobre esse papel de sensibilização e esclarecimento dos motoristas em relação a esse tema. Como foi, Natália?

Natália Falcón

Sim, acho que esse é um ponto super importante. É algo que sempre enfatizamos desde o momento em que a pessoa está fazendo o cadastro para começar a dirigir com a plataforma. Temos um código de conduta da comunidade que é bem claro ao destacar que respeito é fundamental e deve ser direcionado a todos, independentemente de qualquer característica que a pessoa tenha.

Vivemos em uma sociedade extremamente diversa e precisamos levar isso em consideração quando estamos na plataforma. Esse código, geralmente, é visto como apenas mais um conjunto de termos e condições para aceitar, mas sempre reforçamos sua importância e produzimos vídeos e campanhas com base nele.

Fizemos uma campanha no Carnaval e agora estamos com outra campanha também, sempre enviando muitos conteúdos nesse sentido, para que a pessoa leia e tenha ciência do que está acontecendo. E queria destacar o próprio podcast.

Esse podcast foi criado a partir de rodas de conversa. Chamamos os motoristas, nos tempos pré-pandêmicos, quando ainda podíamos reunir presencialmente, para entender quais eram suas questões, dúvidas e situações que enfrentavam. E muitas vezes surgia: 'Ah, mas eu não estava assediando, só falei que ela estava bonita naquele dia.' 'Ah, mas eu estava tentando fazer um elogio.' Foi um esforço de desconstrução, e o podcast aborda isso passo a passo. No podcast, falamos sobre violência de gênero, trouxemos motoristas para participar e conversar sobre o assunto, e eles mesmos dizem: 'Vamos tentar nos ater a conversas que não invadam a esfera pessoal, não fazer perguntas que, para você, podem não ser um problema, mas para ela podem ser desconfortáveis.' São dicas básicas de como se comportar para evitar que a pessoa se sinta desconfortável.

E também acho que vale aproveitar este espaço para encorajar todas as pessoas que usam a plataforma e que, porventura, se sintam desconfortáveis a reportar o ocorrido. Sempre incentivamos muito o feedback para que possamos ouvir o que está acontecendo e agir de acordo. Mas essa parte do diálogo é realmente fundamental. E acho que vale trazer também outro ponto: temos motoristas mulheres e buscamos educar nossos usuários, especialmente os homens, que também são atingidos por esses conteúdos sobre o nosso código de conduta da comunidade.
Criamos uma plataforma chamada Elas na Direção, que inclui uma ferramenta para as motoristas mulheres optarem por receber chamadas de viagens apenas de outras mulheres, porque sabemos que muitas vezes as mulheres se sentem mais confortáveis viajando com outras mulheres. Escutamos isso das motoristas, então elas têm essa opção, podem ligar e desligar quantas vezes quiserem. Por exemplo, 'Vou viajar à noite agora, vou trabalhar e fazer viagens à noite, então vou receber chamadas apenas de usuárias mulheres.' E esperamos um dia conseguir aumentar a nossa base de motoristas mulheres para que possamos oferecer esse recurso para as usuárias também, para que você possa chamar uma motorista mulher, caso se sinta mais confortável dessa forma.

Margareth Goldenberg

Muito bom. Muito obrigada, Natália. Bom saber. Eu sou usuária e adoraria ter esse serviço.

E você, Fernanda, já nos contou em outras oportunidades sobre o caminho que vocês têm trilhado na Johnson & Johnson para tornar os homens aliados nessa mudança. Agora, falando mais especificamente de assédio, microagressões, vieses e barreiras, muitas vezes invisíveis, que as mulheres enfrentam em situações internas, seja com seus líderes, suas equipes, ou mesmo com clientes e fornecedores. Qual tem sido a jornada para estimular as pessoas a serem aliadas? Não apenas a identificar e ter clareza quando estão cometendo um ato de discriminação, assédio ou microagressão, mas também a se importarem e agirem diante de situações onde vivenciam ou observam essas ocorrências.

Trilha sonora

Fernanda Infantini

Trazer para a consciência é um ponto muito importante. Como a Natália falou, o diálogo é fundamental. Falar sobre isso, mostrar que a discriminação e certas atitudes já têm nomes identificados. Uma das coisas que percebi é que, quando começamos um trabalho de como trazer os homens para serem aliados contra a discriminação com as mulheres, identificamos que, nesse exercício de trazer para a consciência, havia muitas mulheres também com preconceitos. Então, como quebramos e trazemos para a consciência das mulheres que esse é um problema estrutural, que elas também estão sofrendo isso e que aquilo que as incomoda e talvez nem se deem conta já tem um nome, uma teoria e uma estrutura inteira para a gente poder melhorar? Os microassédios diários às vezes não damos bola, às vezes não queremos falar, às vezes nos sentimos incomodadas, mas não sabemos exatamente o porquê, porque talvez estejamos há anos acostumadas a sofrer esse tipo de coisa.

Trazer para a consciência é muito importante. Os diálogos e essa conversa aberta, junto com o conhecimento e a educação, são fundamentais. E como podemos, num segundo momento, após trazer para a consciência, educar? A questão é criar um ambiente acolhedor onde todos se sintam empoderados.

Eu mesma já passei por situações no passado onde presenciei assédio que não foi necessariamente comigo, mas não me senti confortável o suficiente para falar, interromper e me posicionar. Eu nem sabia como me posicionar exatamente. Hoje, quando olho para trás, penso que deveria ter falado, imposto minha voz, interrompido. Minha ação foi de não estar preparada, senti-me um pouco com as mãos atadas.

Acho que a Johnson tem muito esse trabalho. Começamos este ano a trabalhar de forma mais estruturada. Estamos elaborando um manifesto, um guia que ajude a se posicionar de forma educada, que contribua para mostrar ao agressor que aquilo é errado, o impacto que ele está causando e dando apoio à vítima. Acho que isso é super importante.

Não é só trazer para a consciência, mas como construo e oriento uma vítima a se posicionar e quem está presenciando a interferir, sabendo que é uma situação delicada. E aí passa por vários pontos: não é só saber que aquilo está errado, mas como me sinto segura para me expressar e como me expresso da forma correta. Mas eu diria que, pensando em outras empresas que também querem começar a falar sobre esse assunto, é essencial abrir a porta e dar voz para esse tema. Acho que diálogo e educação são tudo para mudarmos essa situação.

Margareth Goldenberg

Na verdade, precisamos sempre debater esse tema, para que as empresas entendam a importância de trabalhar questões de assédio e compliance. Além de ser guardião das práticas de compliance — o que é um ponto básico e quase uma exigência para um ambiente corporativo saudável, livre de assédio moral, sexual e microagressões —, há também um papel social importante a ser desempenhado.

É necessário fomentar não só um ambiente de trabalho saudável, mas também promover ações que transcendam o espaço corporativo, que protejam as mulheres e as empoderem, sendo um agente de mudanças na sociedade. Essa função mobilizadora e educadora da sociedade em prol da prevenção da violência é algo que vocês têm feito muito bem, influenciando para que o tema seja debatido, seja por meio de pesquisas, publicações ou ações nas redes sociais.

Essa influência e função social das empresas, de mobilizar a sociedade, é cada vez mais necessária em um país como o nosso, com tantas iniquidades e retrocessos em relação aos direitos humanos. As empresas têm sido chamadas a se posicionar, e, na minha opinião, pelo menos nas empresas onde circulo, que são referências no tema, têm atendido a esse chamado e apoiado o avanço em direção à equidade e justiça social, que é o papel de todos nós.

Então, agradeço muito a presença de vocês. Obrigada, Natália. Obrigada, Fernanda. Parabéns pelo trabalho que vocês estão desenvolvendo nas empresas.

E por aqui encerramos mais um episódio do MM360Cast. Esperamos ter compartilhado conhecimento relevante e práticas inspiradoras para transformar seu ambiente de trabalho em um local inclusivo e com oportunidades para todas e todos. Queremos que cada vez mais pessoas e empresas se sintam incentivadas a promover a equidade de gênero. E seria muito bacana ouvir a sua opinião. Mande sua mensagem nos nossos canais nas redes sociais ou pelo e-mail contato@movimentomulher360.com.br e compartilhe com seus amigos e amigas.

Obrigada por nos acompanhar nessa jornada.

Trilha sonora