Thaisa Thomaz

Mini Bio

Mãe do Leonardo, está há 8 anos na PepsiCo e atualmente como Diretora Sênior de Recursos Humanos lidera a agenda de Talentos com foco em Atração e Desenvolvimento, Diversidade Equidade e Inclusão, Cultura, Gestão da Mudança e Employee Value Proposition (EVP). Thaisa tem entre seus principais talentos persistência, flexibilidade, comunicação e carisma e os tem colocado intencionalmente para potencializar essa jornada de impacto ilimitado dentro e fora da companhia. Hoje, com mais de 17 anos de experiência na área de recursos humanos, tem amplo conhecimento dos setores de Bens de Consumo, Consultoria, Banco, Varejo e Mineração. Em sua trajetória conta com atuações como Faculty na Accenture Management Consulting University e Gerando Falcões.

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Como o apoio a saúde e ao equilíbrio impulsiona carreiras femininas

21 dezembro 2022

A necessidade de balancear a vida profissional e pessoal ainda é um tema pouco abordado nos dias de hoje dentro das empresas. Quando falamos das mulheres nesse ecossistema é preciso reconhecer que ainda há um desequilíbrio social e assim a necessidade de traçar ações práticas e ativas que as apoiem e as incentivem no ambiente corporativo, em todos os cargos e posições.

Podemos abordar a saúde integral como um conjunto de ações que promovam o bem-estar físico e mental, respeitando as características psicológicas, fisiológicas e sociais de cada pessoa. Adicional ao tema de saúde integral é necessário dialogar sobre o valor da rede de apoio no ambiente familiar, algo também pouco explicitado, porém de muita relevância. Um tema ainda menos abordado é a diferença que faz ter uma rede de segurança no ambiente de trabalho. Mas por que isso seria importante?

Vamos lá!

Por muitas gerações negligenciamos a discussão sobre equidade de gênero na sociedade e isso acarretou invisibilidade da mulher e suas múltiplas responsabilidades no contexto social (era cuidar da casa, da família, e tantas outras atividades não remuneradas, porém de suma importância para toda estrutura social). Mudanças aconteceram e hoje muitas mulheres não só continuam assumindo as mesmas responsabilidades domésticas, como conciliam uma jornada de trabalho e estudos. E embora a maternidade seja valorizada na nossa sociedade e exista uma legislação com instrumentos como, por exemplo, a licença maternidade, na prática o cuidado com os(as) filhos(as) ainda é uma responsabilidade, quase que na maioria das vezes, das mulheres.

Enquanto existir essa desigualdade e desafios estruturais que afetam as mulheres, serão necessárias ações que fomentem a equidade de gênero no mercado, além de políticas que as ajudem no equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Essas barreiras precisam ser reduzidas para que a mulher trabalhe sem o peso emocional. Um exemplo de prática que precisa ser eliminada são os prejulgamentos que interferem na carreira, como ao perguntar sobre filhos presumir que não teria disponibilidade para projetos por conta de questões tidas como “femininas” (pré-conceitos e discriminações ainda relatados hoje em dia).

Liderar nesse contexto também traz a responsabilidade de cuidar da parte emocional de suas colaboradoras, trazer amparo e apoio para que façam suas escolhas, como a de querer ou não engravidar, ou precisar ter um momento para cuidar dos filhos, fazendo-as sentir-se seguras. Cada vez mais as empresas precisam discutir a importância de ter lideranças que as apoiem e as incentivem em seu crescimento profissional, no cuidado emocional, e no uso dos benefícios oferecidos.

Na PepsiCo, empresa na qual trabalho, buscamos constantemente evoluir as políticas e oferecer ferramentas para dar as mesmas oportunidades a todas as pessoas, independentemente da identidade de gênero.

A implantação de programas de mentoria, plano de carreira, flexibilidade de jornada de trabalho, são condições para que as mulheres tenham reais oportunidades de ascensão e devem ser cada vez mais valorizadas tanto pelos colaboradores e colaboradoras quanto pelas empresas – afinal é uma relação em que todas as pessoas ganham.

Na minha gestação, por exemplo, foi extremamente importante contar com um programa de benefícios que me ofereceu licença maternidade de seis meses e acompanhamento especializado em todas as fases da minha gravidez. Tive a oportunidade de retornar de forma gradual ao trabalho e com auxílio-creche, tornando essa fase de adaptação mais flexível e consequentemente mais fácil de administrá-la.

O apoio da equipe e das minhas lideranças foi primordial para esse retorno e reforço, mais uma vez, que eles e elas foram minha rede de segurança quando precisei desse amparo. Todo esse suporte me fez acreditar que era possível desempenhar tantos papéis: ser mãe do Leonardo, profissional, mulher, e mais, pude celebrar esse momento com uma promoção após um ano da minha licença maternidade e em meio à pandemia.

Hoje, a empresa também integrou ao programa o acompanhamento de doulas para apoio à amamentação, nutrição e outras necessidades da mãe e do bebê, além de oferecer auxílio financeiro para pessoas que querem ou precisam passar por tratamentos de reprodução assistida (inseminação artificial, congelamento de óvulos e outros procedimentos). Iniciativas como essas trazem perspectiva e novas possibilidades às mulheres, que já não precisam mais optar pela sua carreira ou pela maternidade, por exemplo.

Estamos em uma era da complexidade e ampliar o repertório interno das organizações com perspectivas e vivências múltiplas e trabalhar intencionalmente com a diversidade tem cada vez mais importância estratégica.

Todas nós merecemos ser protagonistas das nossas vidas e acreditar verdadeiramente na capacidade de conquistar a carreira a qual pretendemos trilhar!

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